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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

É Natal!



Papai Noel, Velho Batuta!

Papai Noel velho batuta, enjeita os miseráveis


eu quero matá-lo, aquele porco capitalista,


presenteia os ricos, cospe nos pobres,


presenteia os ricos, cospe nos pobres.


Mas nós vamos sequestrá-lo, e vamos matá-lo, por que?


aqui não existe natal, aqui não existe natal, Por que?


(grupo punk "Garotos Podres")

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Feliz natal!

É nossa a festa

Que era dia do criador.

Mesa farta

Mesa falta

É nossa hora

De esquecer a dor.

A hora é de luz

As estrelas no céu

São o lustre do teto

Que a todos seduz.

A hora é de festa,

Mas outros meninos

De outras manjedouras

Carregam sinos pequeninos

Em usinas e lavouras.

A hora é de festa

Na casa do patrão

E na casa do empregado.

Numa Jesus não se manifesta

Na outra não foi convidado.

(Sérgio Vaz, poeta e escritor)
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Esses dois textos tão distintos, traduzem minha empolgação com data tão comercial, a qual deveria ser de muita solidariedade. Quase ninguém se lembra do aniversariante, e ao contrário, cerram os olhos e consomem assustadoramente. Natal dos Shoping Centers, supermercados lotados, e enormes diferenças sociais e constrangimentos. Pais apreensivos, filhos ávidos por presentes, esmolas de quem "faturou em cima do seu irmão", e falta de senso crítico dos que aceitam as migalhas em forma de "doações" em favelas e cortiços. Mais um ano, mais um natal, tudo igual...